Rota Brasília Capital do Rock
Quase 40 anos depois de grandes nomes como Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial, Raimundos, Natiruts e Cássia Eller, entre outros, formarem a identidade brasiliense, a capital federal ganha oficialmente a Rota Brasília Capital do Rock. O decreto foi assinado pelo governador Ibaneis Rocha nesta quinta-feira (6/05), durante o lançamento do Pró-Economia, Etapa 1 – um pacote de medidas e ações para minimizar os impactos da covid-19 sobre profissionais e empresas do Distrito Federal.
A partir de agora, moradores e turistas contarão com uma experiência única pelo olhar do estilo musical que consagrou a história da cidade tombada como Patrimônio Cultural Imaterial do DF pela Lei Distrital nº 5.615. Em trabalho conjunto com a Secretaria de Economia (Seec) e a faculdade União Pioneira de Integração Social (Upis), a Secretaria de Turismo (Setur) mapeou 37 pontos que fazem parte da história do rock brasiliense. Esse mapeamento tem curadoria de Philippe Seabra, vocalista da Plebe Rude, e produção de Tata Cavalcante.
Entre os pontos sinalizados, estão o Parque Vivencial II, a SQS 104 Sul – quadra onde moravam os integrantes de Os Paralamas do Sucesso –, o Cave no Guará, onde ocorreu o primeiro show da Legião Urbana em Brasília, e o espaço onde foi realizado o evento Rock na Ciclovia, organizado pela banda Plebe Rude. Todos esses lugares poderão ser visitados virtualmente pela plataforma Google Earth.
A secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, comemora: “Agora, o segmento musical do rock como destino turístico será tratado como atração principal e com as luzes que realmente merece. Considerar esse estilo tão importante para a história da nossa capital sob a perspectiva da consolidação de um destino é uma conquista inédita e de valor estratégico para o desenvolvimento de todos os setores, em especial o do turismo. E só foi possível estruturar um projeto como esse graças à atuação integrada do nosso governo com a iniciativa privada, os acadêmicos e os músicos que carregam no DNA o melhor do rock e de Brasília”.
O secretário de Economia, André Clemente, também destaca a abrangência da iniciativa. “Essa rota vai aguçar a memória afetiva de muitos moradores e será uma verdadeira descoberta para os turistas, que, ao percorrerem a rota, vão impulsionar toda a cadeia produtiva, movimentando o setor hoteleiro, o setor de transportes, restaurantes, outros segmentos e atrativos da cidade, atraindo cada vez mais turistas e consolidando a capital como destino turístico”, pontua.
Vocalista do Plebe Rude, Philippe Seabra destaca que o movimento a inspirar toda uma geração foi se consolidando através do tempo. “A curiosidade intelectual, a lucidez e a urgência desses jovens de Brasília colocaram a capital no mapa cultural brasileiro, mudando para sempre a música popular brasileira”, avalia. “Com milhões de discos vendidos, filmes e documentários com milhões de espectadores, teses e doutorados dedicados às letras dessas bandas, o rock de Brasília é um alicerce da contestação e liberdade de expressão no Brasil, e isso tem que ser celebrado”.
Segundo o diretor da Upis, Ruy Montenegro, ao mesmo tempo que essa ação busca sensibilizar a população para valorizar o que a cidade tem de melhor, atrai mais visitantes e enaltece a importância histórica de Brasília.
Projeto
A Rota do Rock pretende consolidar a memória desse patrimônio da cidade por meio da marcação/sinalização dos locais que são tão importantes e emblemáticos não só para o Distrito Federal, mas para todo o país. O objetivo principal é manter viva a memória do rock brasiliense e inspirar novas gerações.
Nesses espaços serão realizados ainda eventos musicais no estilo do Porão do Rock, Picnik e o próprio Rock na Ciclovia, que contarão com a participação integrada entre bandas da época de ouro do rock brasiliense e os artistas da nova geração. A meta é promover ações que gerem mais visibilidade ao cenário independente local e possam incentivar a cultura e a economia local, estimulando o turismo interno.
Experiência única
Tudo começou, nos anos 1980 e 1990, com a chamada “Turma da Colina” – um grupo de jovens amigos, inspirados pelo som das bandas britânicas e das referências do punk internacional, que se reuniam no conjunto de prédios usados por professores e estudantes da Universidade de Brasília (UnB) para fazer o melhor do rock de Brasília.
Ao longo desse tempo, passaram a fazer parte da história do rock nacional os encontros nas garagens do Lago Sul e Norte, nos gramados que viraram palco da boa música, nos estabelecimentos comerciais da Asa Sul e Norte, o evento Rock na Ciclovia e o som feito no Cave (Guará).
São muitos lugares espalhados por Brasília que relembram o som das guitarras, as letras polêmicas e os visuais irreverentes. E é por esses espaços que os brasilienses e turistas vão poder circular e conhecer um roteiro mais que especial.
Confira, abaixo, os 37 pontos que transformaram Brasília na Capital do Rock
1 – Ginásio Nilson Nelson
A história do Nilson Nelson se confunde com a música desde que era chamado de
Ginásio Presidente Médici com o show em 1974 do Jackson 5, com um jovem Michael
Jackson. Era o palco dos grandes shows nacionais e internacionais desde então, mas
foi em 1985 que expôs o rock de Brasília para o seu maior público até então com um
histórico show da Plebe Rude, Legião Urbana e Ultraje a Rigor
2 – Concha Acústica
A Concha recebeu, no auge da Jovem Guarda, o famoso trio: Roberto Carlos, Erasmo
Carlos e Wanderléia. Desde então artistas nacionais e internacionais dos mais diversos passaram pelo palco projetado por Oscar Niemeyer. Aqui foram realizadas as primeiras edições do Porão do Rock e entre os shows mais clássicos do Rock de Brasilia, o lançamento do primeiro disco do Natiruts em 1997 e a volta da formação original da Plebe Rude em 1999.
3 – Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha
Palco de shows clássicos desde Iron Maiden até Paul McCartney, o Mané Garrincha e o Rock de Brasília se esbarraram no fatídico show que Legião Urbana fez em 1988, interrompido pelo Renato Russo devido à precária produção e a invasão de um fã que pulou no seu pescoço. Depois da quebradeira e confronto com a polícia que se alastrou para fora do estádio, nunca mais a banda tocaria em Brasília.
4 – Centro de Convenções Ulysses Guimarães
Centro de Convenções de Brasília, hoje nomeado Centro de Convenções Ulysses Guimarães, foi inaugurado em 12 de março de 1979. Já conhecido como palco de grandes eventos da MPB, em 1984 o grupo Kid Abelha fez uma apresentação histórica colocando o Centro de Convenções no circuito nacional do rock. Shows clássicos internacionais já passaram por aqui como Tears for Fears, Duran Duran, Peter Frampton e Elton John.
5 – Colina – UnB
Foi na Colina que toda a história do rock dos anos 80 começou com o encontro dos filhos dos professores universitários embalados pela curiosidade intelectual. Renato Russo passou a frequentar, onde já moravam membros do futuro Aborto Elétrico e Plebe Rude, assim como o instigador de todos, o músico Toninho Maya. Foi embaixo do Bloco A que nasceu o Aborto Elétrico, mudando para sempre a história da música
popular brasileira.
6 – Cine Centro São Francisco – CLS 102/103
Mais conhecido entre os membros do Rock de Brasília da década de 80 como a “Adega” – por causa de uma pequena adega que tinha no local – o Cine Centro São Francisco era ponto obrigatório dos músicos e agregados da nova cena. Para o resto da cidade o ponto era chamado de Janjão, por causa da lanchonete homônima, foi aqui onde a amizade entre os punks de Brasília se consolidou.
7 – Food’s – SCLS 110/111
O Rock de Brasília começou sua exposição para públicos maiores na emblemática lanchonete Food’s, na década de 80, desde o show de lançamento do disco “Continente Perdido” do grupo de rock progressivo, Tellah. Mas foram as fulminantes apresentações da Blitx 64, Metralhas, Aborto Elétrico, Plebe Rude, Renato Russo (na sua fase Trovador Solitário) e Legião Urbana que colocariam Brasília no mapa cultural nacional, tudo a partir de uma tomada emprestada.
8 – Centro Comercial da QI 11 – Lago Sul
Ponto de encontro obrigatório da “tchurma”, o Gilbertinho (apelido dado ao local em
virtude de parecer uma versão reduzida do Centro Comercial Gilberto Salomão) viu de tudo, desde os primeiros shows das bandas punks, até confrontos dos mesmos com playboys. Foi depois de uma confusão com o Philippe Seabra e Renato Russo com os playboys que o eterno Legionário se inspirou para escrever a música “A Dança”.
9 – Centro Comercial Gilberto Salomão – QI 5, Lago Sul
O Centro Comercial Gilberto Salomão entrou para historia como local do primeiro show do Aborto Elétrico, em 1980 e partir dali, no coreto da praça central, todo o rock incipiente da época passou por lá. Como o reduto era da turma dos playboys, os shows eram cercados de tensão, mas que foram fundamentais para a difusão do Rock de Brasília para o grande público.
10 – Comércio Local da QI 9 do Lago Sul
O Giraffas da QI 9 foi inaugurado por um show do Mel da Terra e Tellah e seu estacionamento passou a ser local de encontro dos punks de Brasília, as vezes se esbarrando com a polícia e playboys. Em 2006, a lanchonete comemorou seus 25 anos juntando pela primeira vez no mesmo palco na Esplanada dos Ministérios os Paralamas, Plebe Rude, Capital Inicial e membros da Legião Urbana e Raimundos.
11 – Rock na Ciclovia
O Rock na Ciclovia foi um evento que começou organizado pela Plebe Rude em 1981 e por onde passaram nos próximos anos quase todos os artistas de punk, rock e MPB de Brasília da época. Foi aqui, eternizada no filme “Somos tão Jovens”, que o Renato
Russo começou os seus primeiros shows como Trovador Solitário e em 1982, onde a primeira foto conhecida da Legião Urbana ao vivo foi tirada.
12 – Rampa acústica do Pavilhão do Parque da Cidade
Palco de um dos mais históricos eventos culturais da capital, a Rampa Acústica sediava o Concerto Cabeças. Começando inicialmente na quadra 311 Sul, o evento itinerante que juntava poesia, teatro, dança e música, chegou a Rampa consolidando a Cássia Eller. Mas o palco foi também fundamental para a difusão do rock de Brasília, com o lançamento da coletânea Rumores, além de ser o último local que Chico Science se apresentaria antes de sua morte precoce em 1997.
13 – QG da Plebe Rude (SHIN QI 8, Conjunto 10, Lago Norte)
Foi nessa esquina, onde em 7 de Julho de 1981, André X convidou Philippe Seabra a fundarem a Plebe Rude. As músicas da banda eventualmente ressoariam Brasil afora, fazendo uma das bandas mais influentes do Rock Nacional e seu disco “O Concreto Já Rachou”, primeiro disco de ouro do Rock de Brasília, entrar na lista dos 100 discos mais importantes da história da MPB da revista Rolling Stone.
14 – Local do surgimento dos Raimundos (SHIS QI 9, Conjunto 20, Lago Sul)
Local de nascimento e primeiros ensaios dos Raimundos em 1986 foram nessa rua que os vizinhos Rodolfo e Digão resolveram a tocar juntos aos fins de semana. Admiradores do Rock de Brasília começaram a tocar primeiramente covers até consolidar um som novo apelidado de “forró core”. Com seu sucesso avassalador, seu disco de estréia está na lista dos 100 maiores discos da música brasileira pela Revista Rolling Stone.
15 – Brasília Rádio Center (SRTVN, Asa Norte)
Foi aqui onde muitos artistas de Brasília ensaiavam. Foi na sala 2090 que nasceu a Legião Urbana, que era dividida com Plebe Rude e XXX, tendo Renato Russo responsável para que o aluguel fosse pago em dia. Eram mais de 30 grupos que ensaiavam aqui entre a Artimanha do Toninho Maya, Natiruts a Malas e Bagagens, com uma jovem Cássia Eller nos vocais.
16 – Apartamento de Renato Russo (SQS 303, Asa Sul)
Foi aqui que o jovem Renato Manfredinni se inspirou a escrever todo repertório do Aborto Elétrico, e os principais sucessos da Legião Urbana e Capital Inicial. Ponto de
encontro obrigatório dos membros da “tchurma” – apelido que dava aos amigos que eventualmente formariam as bandas de rock que colocariam Brasília no mapa cultural brasileiro – é aqui que pode ser considerado o marco zero da Capital do Rock.
17 – Bar/restaurante Beirute (CLS 109)
Beirute se funde com a história da cidade e de suas mesas saíram ferrenhas manifestações contra a ditadura e movimentos incessantes a favor das diretas já. Viu passar por suas mesas todos os artistas de Brasília, inclusive os punks que eventualmente colocariam Brasília no mapa cultural brasileiro. Ponto de encontro obrigatório de todas as gerações de Brasília foi e é o local de convergência de todas as tribos.
18 – Teatro Galpãozinho (508 Sul)
O Teatro Galpãozinho era ponto obrigatório para todos os artistas de Brasília de dança, teatro e música desde os meados da década de 70. Sua programação eclética, que no começo da década de 80 passou a juntar os punks como a Plebe Rude com artistas da MPB como Mel da Terra e através da peça “O Último Rango”, com participação do Aborto Elétrico e Blitx 64.
19 – Teatro Nacional Claudio Santoro
O Rock de Brasília chegou ao Teatro Nacional, na Sala Martins Pena, com inúmeros shows de bandas locais aproveitando da sua acústica privilegiada – fato inédito, comparado com os locais que estavam acostumados a tocar – mas foi na Sala Villa Lobos que o rock de Brasília, já consolidado, viu shows clássicos como o lançamento do disco ‘Dois” da Legião Urbana e a volta da formação original da Plebe Rude, ambas com lotação esgotada.
20 – Ermida Dom Bosco
Foi no vasto gramado as margens do Lago Paranoá da Ermida Dom Bosco onde a história do rock de Brasília funde com a história da cidade. Shows memoráveis de artistas tão diversos de Capital Inicial a Natiruts passaram por lá, além de ser locação de filmagem do filme “Somos tão Jovens” e gravação do DVD da Plebe Rude, “Rachando Concreto ao vivo”, indicado ao Grammy Latino.
21 – Escola Americana de Brasília (EAB)
Fundada apenas um ano após a inauguração da capital, a Escola Americana acabaria virando ponto de partida para as principais bandas de Brasília, tendo como alunos membros das futuras bandas Aborto Elétrico, Plebe Rude, Capital Inicial, Escola de Escândalo e Scalene. O currículo internacional da escola foi fundamental para despertar a curiosidade intelectual nos roqueiros, fazendo o Rock de Brasília ter a lucidez e força que o fez ressoar pelo Brasil inteiro.
22) SQS 104 Sul
Foi aqui onde os futuros membros dos Paralamas do Sucesso, Herbert Vianna e Bi Ribeiro (do bloco F) moraram antes de mudar definitivamente para o Rio ainda adolescentes. Inspirado por um vizinho mais velho, foi aqui que o Herbert começou a
tocar guitarra e mudar o destino do rock brasileiro. Mas o futuro do Rock de Brasília seria selado mesmo quando o jovem Renato Manfredini passou a frequentar a quadra.
23 – Bar Cafofo (CLN 407)
O Cafofo era um boteco, da década de 80, que passou a ser frequentado pela “Turma da Colina”(local residencial onde moravam os filhos dos professores da UNB). Com a proximidade a Colina e o aparecimento das primeiras bandas o local passou a ser usado para ensaios e pequenos shows no porão. Foi aqui que aconteceram os primeiros shows do Aborto Elétrico e Blitx 64.
24 – ICC Norte, palco de grandes shows de rock nos anos 1980
A entrada do ICC Norte – O Instituto Central de Ciências da UnB – foi palco de grandes encontros das bandas de Rock de Brasília nos anos 80. Bandas como Aborto Elétrico, Blitx 64, Banda 69 e Plebe Rude se apresentavam para os alunos durante o dia, e nos fins de semana, no departamento de Arquitetura consolidando o movimento de rock na cidade, eternizado com cena no filme “Faroeste Caboclo” filmado aqui.
25 – Teatro de Arena (Cave)
O Teatro de Arena do CAVE (Centro Administrativo Vivencial e Esporte) parte do complexo esportivo do Guará onde inúmeros shows e peças de teatro ao ar livre eram
realizados. Mas o que colocou o CAVE no mapa musical brasileiro é que foi o local do
primeiro show da Legião Urbana em 1982.
26 – Teatro Rolla Pedra
Entre 1984 a 1986, o Teatro Rolla Pedra praticamente revolucionou a vida cultural de
Taguatinga, abrindo suas portas para às artes plásticas, cênicas e à música. Foram um ponto de encontro das tribos – inclusive unido as RA’s – Regiões Administrativas – com o Plano Piloto, adicionando muito impulso para o Rock de Brasília. De Liga Tripa a Legião Urbana, todos os estilos passaram por esse palco.
27 – Radicaos
Considerado o templo punk de Brasília, Radicaos, inaugurado em 1984 viu passar pelo pequeno palco do seu porão a nata do rock de Brasília rumo ao estrelato. Quase como plataforma de lançamento, Radicaos foi o impulso final para as bandas Finis Africae, Escola de Escândalos, Plebe Rude e Capital Inicial que estavam começando a
despertar atenção no eixo Rio – São Paulo.
28 – Estacionamento do Estádio Bezerrão (Gama)
Estádio Bezerrão sempre foi palco de grandes eventos desde os jogos de futebol até o
FMPG (Festival de Música Popular do Gama) que é realizado desde os inicio dos anos 80. A cultura do Gama passa por aqui, além dos clássicos shows realizados no Galpãozinho e Cine Itapuã.
29 – Cultura Inglesa
Aqui se formou muitos alunos em inglês na cidade e tinha como um de seus professores o músico e compositor Renato Russo. A sala onde Renato ministrava as aulas ainda está preservada remetendo a história da passagem do músico pelo quadro de professores. Membros da ‘Tchurma’ frequentavam o seu cinema com filmes de arte despertando ainda mais a curiosidade intelectual dos jovens punks.
30 – Sala Funarte (Sala Cássia Eller)
Foi na Sala Funarte que o Rock de Brasília começou a ser levado a sério pelo governo local. Entre inúmeros shows de artistas emergentes que passaram pelo seu palco talvez o mais impactante tenha sido em 1981 com o Aborto Elétrico, Blitx 64, uma nascente Plebe Rude e o pioneiros do rock pesado de Brasília, Rock Fuzão.
31 – Gate’s
Uma réplica de um pub londrino do século 19, o Gate’s Pub, abriu em 1978, mas foi a
partir de 88 com curadoria de Rubens Carvalho que se tornou casa noturna que trazia uma programação musical eclética. Com mais de 3 mil shows no currículo, foi palco fundamental para inúmeras bandas emergentes do rock de Brasília do fim da década de 80 e para toda a cena da década de 90.
32 – Sesc 913 – Teatro Garagem
Desde a década de 70, o Sesc era ponto obrigatório para artistas de MPB e rock, locais e nacionais. Já na década de 80 foi onde as bandas da ‘Tchurma’ encontraram estrutura que raramente tinham acesso. A geração 90 do Rock de Brasília como Raimundos e Little Quail encontrou casa no Teatro Garagem no porão do complexo cultural.
33 – Centro Cultural Cine Itapoã
O Cine Itapoã era a janela que o gamense abria para enxergar o mundo, sendo o primeiro equipamento público de cultura da cidade. Fazendo parte de um complexo cultural composto por uma praça cercado de bares, lanchonetes e restaurantes, toda a cena de rock do Gama passou por lá com o Rock de Brasília sendo representada pela Legião Urbana, com um show no coreto no meio da praça.
34 – Galpãozinho (Gama)
Teatro Galpãozinho é a Casa do Rock do Gama, sendo palco de shows de bandas locais e nacionais, cujo espaço também se abre para outros gêneros e apresentações teatrais, sempre apoiando a cena gamense, com uma raça que lembra muito o ‘Do it yourself’ (o faça você mesmo) dos punks de Brasília. Sendo o local mais internacional das RA’s, aqui já tocaram bandas da Finlândia, Suécia, Inglaterra, Holanda e República Tcheca.
35 – Esplanada dos Ministérios
A Esplanada dos Ministérios sediou os maiores espetáculos ao ar livre de Brasília e com o rock não foi diferente; todas as grandes bandas nacionais passaram por aqui com o Rock de Brasília sendo representada todo ano com uma grande produção, num contraste com a precariedade dos primeiros shows. Em 2008 foi a vez de o Capital Inicial gravar seu aclamado DVD Multishow ao vivo no aniversário de 48 anos de Brasília.
36 – Torre de TV
Local de grandes concertos nacionais e internacionais, a Torre de TV foi onde o tock alternativo e underground de Brasília encontrou seu maior público. Foi aqui que bandas como Móveis Coloniais de Acajú e Scalene, vencedor do Grammy Latino se consolidaram perante o público Brasiliense, mantendo viva a tradição do rock da cidade. Mas nenhum DVD de porte pode ser filmado aqui devido à interferência do sinal da torre nas gravações.
37 – Porão do Rock
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Fonte: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2021/05/07/brasilia-ganha-oficialmente-a-rota-do-rock/